Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Telegram e fique atualizado com as últimas notícias. |
Um estudo recente da pesquisa TIC Kids Online Brasil (2024), realizado pela Unesco e Cetic.br, revelou que 93% das crianças e adolescentes brasileiros, entre 9 e 17 anos, utilizam a internet, o que representa cerca de 24,5 milhões de jovens conectados. O levantamento também apontou que apenas 34% dos responsáveis utilizam recursos para bloquear ou filtrar conteúdos inadequados.
Segundo Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista de Defesa da Infância, é essencial ensinar crianças e adolescentes a navegar com segurança no ambiente digital. “Assim como ensinamos nossas crianças a não falar com estranhos na rua, temos que ensiná-las a como se comportar na internet. O uso inadequado pode gerar consequências físicas e mentais graves”, alertou.
Além do risco de exposição a conteúdos impróprios, a pesquisa apontou que 29% dos jovens relataram ter vivenciado situações ofensivas na internet. Desses, 31% conversaram com os pais ou responsáveis sobre o ocorrido, enquanto 13% preferiram não contar para ninguém.
Bárbara Pimpão, gerente do Centro Marista de Defesa da Infância, reforça que situações como cyberbullying podem desencadear problemas psicológicos e sociais. “Mensagens com o objetivo de assustar, envergonhar ou enfurecer podem causar baixa autoestima, depressão, transtornos de ansiedade e insônia”, explicou.
A entidade recomenda algumas práticas para o uso mais seguro da internet por crianças e adolescentes:
- Monitorar e controlar o uso do celular.
- Estar atento a situações ofensivas.
- Explicar sobre os perigos do contato com estranhos.
- Conversar sobre o uso excessivo da internet.
- Acessar conteúdos educativos junto com os jovens.
Promover o letramento digital e manter um diálogo aberto são passos essenciais para garantir um uso mais saudável e seguro das ferramentas digitais.