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A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) integra o projeto Carapaça, iniciativa que visa fortalecer o ordenamento das pescarias de crustáceos ao longo da costa brasileira. Coordenado pelo professor Fúlvio Freire, o projeto reúne uma rede de mais de 20 instituições acadêmicas e centros de pesquisa, com foco na sustentabilidade pesqueira e na preservação de espécies como lagostas, siris e caranguejos.
A participação da Ufal é liderada pelo professor Igor Da Mata Oliveira, que desenvolve estudos sobre a caracterização socioeconômica das comunidades pesqueiras. “Nosso trabalho busca compreender e propor melhorias na gestão sustentável desses recursos, que são fundamentais para a economia da região Nordeste”, afirma Igor. A equipe também inclui os professores Alfredo Leandro Borie Mojica, Rômulo Costa Pires Ferreira e Petrônio Alves Coelho Filho, do curso de Engenharia de Pesca da Ufal, além da engenheira Jhennipher da Silva Pereira, doutoranda em Recursos Pesqueiros pela Universidade Federal Rural de Pernambuco.
O projeto aborda desafios como a coleta de dados sobre esforço de pesca, biologia populacional e a criação de uma base de dados unificada em ambiente SQL. Entre as metodologias, destaca-se o uso de modelos avançados, como a Análise Bayesiana, para prever impactos e propor medidas de gestão mais eficientes. “A integração de aspectos socioeconômicos é um dos diferenciais do projeto, garantindo que as políticas atendam às comunidades que dependem da pesca”, explica Igor.
Além de promover ações concretas para a conservação marinha, o projeto contribui para o cumprimento de metas globais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. “Os resultados prometem ser significativos, desde a revisão dos períodos de defeso até a formulação de políticas que equilibrem a conservação ambiental e o desenvolvimento econômico das comunidades pesqueiras”, conclui o professor Igor.
O Carapaça foi submetido à Chamada CNPq/MPA Nº 15/2024 e conta com financiamento para transformar o conhecimento científico em práticas que assegurem um futuro mais sustentável para a pesca no Brasil.
