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No agreste alagoano, a comunidade indígena Karapotó Plaki-ô, localizada às margens da BR-101, em São Sebastião, celebra o resgate de uma tradição milenar com a retomada da produção ceramista em sua aldeia. Com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), o projeto “A Identidade do Povo Karapotó Plaki-ô” está reativando saberes ancestrais e fortalecendo a identidade cultural do povo originário.
A iniciativa resultou na construção de um forno tradicional de cerâmica dentro da aldeia, o que possibilitou a realização de oficinas e o repasse das técnicas para crianças, jovens e adultos. As atividades reativam a memória coletiva e incentivam a preservação de símbolos históricos da cultura Karapotó, como potes, panelas e máscaras moldadas com barro, representando a conexão com os antepassados e a espiritualidade indígena.
O projeto foi idealizado a partir de rodas de conversa e escuta comunitária, envolvendo diretamente moradores da aldeia, artesãos e lideranças. “Essa ação vai além da arte. É um reencontro com nossa essência”, afirmou o artista plástico Roniekson Okobayevo, que acompanhou a orientação artística. Já o pajé Auro destacou o impacto do projeto: “É muito importante ver o Governo valorizando o que os nossos antepassados deixaram. Isso fortalece nossa história.”
Com o forno em pleno funcionamento e as oficinas em andamento, a produção cerâmica da aldeia se tornará visível ao grande público a partir do dia 22 de abril, quando será inaugurada uma exposição no Museu Palácio Marechal Floriano Peixoto, em Maceió. As peças também estarão disponíveis para comercialização, promovendo geração de renda e o fortalecimento da economia criativa na comunidade.
